03 Setembro de 2019

03 Setembro de 2019

PROSESC realizou o 2º Encontro do GOLD - Grupo de Oportunidade Local de Carbonita, na comunidade rural de Lagoa no dia 31 de agosto.

Participaram do encontro os integrantes dos grupos Gold de Abadia, Lagoa e Retiro, o encontro contou com o apoio do Child Fund Brasil e com a participação Maria Sirlene da Cruz, mestre em Sociedade Ambiental e Território, que ministrou uma oficina de Diagnóstico Rural Participativo, de forma coletiva e solidária, entre os integrantes do Gold.

O propósito da oficina foi de fortalecer as atividades dos grupos por meio da integração e troca de informações entre os participantes, possibilitando momento de levantamento e conhecimento das potencialidades locais de cada comunidade dos grupos.  

Igualmente importante ao Diagnóstico Rural Participativo, foi elaborado um calendário agrícola dos principais produtos, respeitando a sazonalidade que interfere diretamente na produção das cultivares mais comuns no município, sendo determinantes dois fatores: período de seca e chuvas. Assim, o conhecimento tradicional dos agricultores  foi de suma importância para destacar quais períodos do ano são mais favoráveis para cada tipo de lavoura, produção de hortaliças, criação de animais e entre outras atividades inerentes do meio rural. Na abertura a atividade contou uma mística para de apresentação e recepção dos grupos. Em seguida os participantes relataram suas experiências enquanto grupo e principais ações que têm feito. O “pensar coletivo” e de forma solidária foi apontado como um forte indicativo na atuação dos grupos.

Algumas ações de ajuda mútua em suas comunidades tem sido possível por meio dos rendimentos financeiros do GOLD. Sobretudo, o GOLD tem servido como um instrumento para planejamento de suas finanças, projetos pessoais, investimentos em necessidades básicas, principalmente em saúde, mas, sobretudo proporcionado a valorização do trabalho familiar e busca pela superação de dificuldades diversas. Segundo relatos dos participantes, de um modo geral, pequenos empréstimos são realizados a partir da poupança dos fundos rotativos, mas a mobilização social para o desenvolvimento de negócios coletivos a partir destes rendimentos ainda não despontam como ponto forte nos grupos comunitários.

A realização da oficina de Diagnóstico Participativo Rural com os grupos, segundo Sirlene foi uma experiência positiva com a participação ativa dos participantes permitindo-os visualizar suas potencialidades, suas limitações e suas demandas para o futuro. Estabelecendo, possibilidades de uma maior aproximação com todos os envolvidos no desenvolvimento destas comunidades, o que facilita e direciona as ações que podem surgir para frentes de trabalho nestas localidades, já que se conhece a demanda produtiva, as potencialidades e limitações específicas dos agricultores e moradores. 

O evento foi finalizado com um jantar de confraternização e momento de lazer e integração para os participantes.